UM  BELO ARTIGO DE  NORMAN  GEISLER
 
 
             Os cristãos ortodoxos acreditam que  Jesus é o Unigênito Filho de Deus em carne humana. Mas, os incrédulos, alguns  dos  quais nem acreditam que Ele tenha  existido,  não acham que Jesus tenha  sido, realmente, um homem sábio ou, principalmente, um homem bom. Outros, como  os muçulmanos, acham que Jesus foi um profeta entre outros profetas. O Hinduísmo  retrata Jesus como um entre os muitos grandes gurus. Os cristãos liberais e  muitos outros consideram Cristo como um homem bom e um grande exemplo  moral.
             Em seu ensaio “Why I Am Not a Christian”  (Por que Eu Não Sou um Cristão), o agnóstico  Bertrand Russell escreveu: “Historicamente, é muito duvidoso que Cristo  tenha existido e nada sabemos sobre ele”. Quanto ao caráter de Cristo, ele  disse: “Não consigo achar, quer seja na  sabedoria ou na virtude, que Cristo esteja no mesmo patamar de outras pessoas  conhecidas na história. Acho que devo colocar Buda e Sócrates acima dele, nestes  aspectos.”  (Livro  supracitado).
  
 Divindade  e Humanidade
  
             O Cristianismo é único entre as  religiões mundiais e a verdadeira exclusividade de Cristo é o coração do  Cristianismo. Esta verdade está embasada, principalmente, nos documentos do Novo  Testamento, os quais têm comprovado ser autênticos em todos os sentidos. Os  registros do Novo Testamento, principalmente os Evangelhos, são os mais  confiáveis do mundo antigo. Nestes documentos, aprendemos que numerosos fatos  relacionados a Cristo são absolutamente únicos.
             Jesus foi único no sentido de que  somente Ele, entre todos os que viveram, foi tanto Deus como Homem. O Credo de  Nicéia (325) declara a crença uniforme de todo o Cristianismo ortodoxo de que  Jesus Cristo foi verdadeiramente  Deus e  verdadeiramente Homem numa só Pessoa. Todas as heresias relativas a Cristo negam  uma destas duas proposições. Esta afirmação simplesmente O torna único e O  coloca acima de todos os outros líderes religiosos e pessoas que já  existiram,  podendo ser comprovada com  evidências factuais. Algumas dessas evidências são vistas em outros aspectos da  exclusividade de Cristo.
  
 A  Natureza Sobrenatural de Cristo
  
 Exclusivo  nas Profecias Messiânicas  -  Jesus  viveu uma existência repleta de milagres e sobrenaturalmente poderosa, desde a  Sua concepção até a Sua ascensão. Séculos antes do Seu  nascimento,  Ele foi anunciado pela  profecia sobrenatural. 
             O Velho Testamento, o qual até mesmo  o céptico mais acerbo reconhece ter existido antes de Cristo, prediz onde  (Daniel 9:26 e Miquéias 5:2) e como (Isaías 7:14) Jesus chegaria ao  mundo.
             Ele nasceria de uma mulher (Gênesis  3:15); da linhagem de Sete, filho de  Adão (Gênesis 4:26); através de Sem,  filho de Noé (Gênesis 9:26-27) e de Abraão (Gênesis 12:3; 15:5); da tribo de  Judá (Gênesis 49:10); seria Filho de  Davi (2 Samuel 7:12-s). O Velho  Testamento predisse ainda que Cristo iria morrer pelos nossos pecados (Salmo 22;  Isaías 53; Daniel 9:26; Zacarias 12:10) e que Ele ressuscitaria dos mortos  (Salmos 2:7; 16:10).
             Todas estas profecias sobrenaturais  foram cumpridas exclusivamente em Jesus Cristo. Isto não aconteceu com nenhum  outro líder religioso nem com outras pessoas que tenham existido, inclusive  Maomé.
  
 Exclusivo  na Concepção  - Cristo não apenas foi sobrenatural e antecipadamente anunciado; Ele foi também  miraculosamente concebido. Quando anuncia Sua concepção virginal, Mateus 1:22-23  aponta a profecia de Isaías (Isaías 7:14); Lucas, um médico, registra esta  miraculosa concepção da vida humana (Lucas 1:26-s); Paulo se refere à mesma em  Gálatas 4:4. De todas as concepções humanas, a de Jesus permanece exclusiva e  miraculosa.
  
 Exclusivo  na Vida  -  Desde o Seu primeiro milagre em Caná da Galiléia  (João 2:11), o ministério de Jesus foi  marcado por Seus milagres (João 3:2; Atos 2:22. Não foram casos de moléstias  ilusórias nem de casos explicáveis no campo natural. Foram curas exclusivas,  sendo imediatas e sempre bem sucedidas, sem recaídas conhecidas e curas de  doenças incuráveis, conforme a Medicina, tais como a do cego de nascença (João  9). Jesus ressuscitou da morte algumas pessoas, inclusive Lázaro, cujo corpo já  se encontrava em estado de decomposição (João 11:39). 
             Jesus transformou água em vinho  (João 2:7-11); andou sobre as águas (Mateus 14:25); multiplicou os pães (João  6:11), expeliu demônios (Marcos 3:10); curou toda sorte de enfermidades (Mateus  9:35), inclusive a lepra (Marcos 1:40-42); e até mesmo levantou mortos para a  vida, em várias ocasiões (Marcos 5:35-42; Lucas 7:11-15; João 11:43-44). Quando  Lhe indagaram se era o Messias, Ele usou os Seus milagres como evidência, a fim  de apoiar Sua afirmação:  “... Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: os cegos vêem, e os  coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são  ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho”.  (Mateus 11:4-5). Este derramamento de milagres fora profetizado séculos antes  pelos profetas, como um sinal da vida do Messias (Isaías 35:5-6).  Tanto que Nicodemos disse: “Rabi,  bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais  que tu fazes, se Deus não for com ele”  (João  3:2). 
  
 Exclusivo  na Morte -  Os eventos que se referem à morte de Cristo foram miraculosos. Isto inclui as  trevas entre o meio-dia e 3 horas da tarde (Marcos 15:33) e o terremoto que  abriu os túmulos e rasgou o véu do Templo (Mateus 27:51-54). A maneira pela qual  Ele sofreu a extenuante tortura da crucificação foi miraculosa. A atitude que  Ele manteve em relação aos que Dele escarneciam, e aos que O executavam, foi  miraculosa, dizendo:  “Pai,  perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas  23:34).  A maneira pela qual Ele entregou Sua vida foi  miraculosa, pois Ele havia dito:  “Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e  poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”.  No  momento de Sua partida, Ele não  foi  vencido pela morte, mas voluntariamente entregou o Seu espírito, quando  disse:  “Está  consumado!  (João  19:30).
  
 Exclusivo  na Ressurreição -  O milagre que coroou a missão de Jesus na Terra foi o da Sua Ressurreição. Esta  não apenas havia sido predita no Velho Testamento (Salmos 2 e 16), como pelo  próprio Jesus, desde o início do Seu ministério. Ele disse:  “Derribai este templo, e em três dias o levantarei”.  (João  2:19-21) (Ver Mateus 12:40-42; 17:9). Jesus demonstrou a veracidade de Sua  Ressurreição em doze aparições, durante mais de 40 dias, a mais de 500  pessoas.
  
 Exclusivo  na Ascensão -  Exatamente  como a Sua entrada neste mundo, Sua   partida também foi miraculosa, após ter comissionado os Seus discípulos  (Atos 1:10). Ao contrário da visão de alguns, não se trata de uma parábola, mas  de uma Ascensão literal ao céu, de onde Ele voltará, no mesmo corpo literal, a  fim de reinar neste mundo (Atos 1:11; Apocalipse 1:7; 19:20). Os grandes credos  cristãos enfatizam claramente a miraculosa Ascensão corporal de Cristo.  
  
 Exclusivo  na Impecabilidade  - Alguns  dos inimigos de Jesus apresentaram falsas acusações contra Ele, mas nada puderam  comprovar e o veredicto de Pilatos foi: “Não  acho culpa alguma neste homem”  (Lucas 23:4). Um dos soldados na cruz disse: “...  este nenhum mal fez”.  (Lucas 23:41).
             Sobre o que os mais íntimos de Jesus  pensavam a respeito do Seu caráter, Hebreus diz: “...  Em tudo foi tentado, mas sem pecado”  (Hebreus 4:15). E em João 8:46, Jesus indaga: “Quem  dentre vós me convence de pecado?” Mas  ninguém foi capaz de achá-Lo culpado de coisa alguma. Desse modo, o impecável  caráter de Cristo dá um duplo testemunho à veracidade de Sua afirmação. Sua impecabilidade foi  exclusiva.
  
 O  Caráter de Jesus é Único -  O  caráter de Cristo foi único em todas as maneiras. Ele manifestou as maiores  virtudes a um grau perfeito. Isto combina com a maneira  pela qual Ele Se opôs aos atributos  contrários. 
  
 Exemplificando  as Virtudes -  Bertrand Russell, que achava ter encontrado brechas no caráter de Cristo,  confessou: “Do que o mundo carece é de  amor, de amor cristão e de compaixão”. Pois a crença que a maioria reconhece  é a de que Cristo foi a perfeita manifestação da virtude do amor.  
             Sua submissão voluntária ao  ignominioso sofrimento e morte pela crucificação, enquanto mantinha amor e  perdão aos que O matavam, é a prova desta virtude (Lucas 23:34, 43). Somente Ele  viveu perfeitamente o que havia ensinado no Sermão do Monte (Mateus 5:7). Ele jamais  Se voltava contra os  Seus inimigos mas,  em vez disso, perdoava-os. Ele censurou os discípulos pelo mau uso da espada  (Mateus 20:52) e curou, miraculosamente, a orelha amputada de um dos que foram  prendê-lo, a fim de conduzi-Lo à morte (Lucas 22:50).
             Jesus foi o exemplo perfeito de  paciência, bondade e compaixão. Ele Se compadeceu das multidões (Mateus 9:36),  ao ponto de ter chorado sobre Jerusalém (Mateus 23:37). Mesmo tendo condenado  (em termos claros) os fariseus (Mateus 23),   Ele não Se negou a receber um dos que demonstraram interesse (João  3).
  
 Combinando  Qualidades Aparentemente Opostas  -  Uma das exclusividades de Cristo é que Ele combinava qualidades pessoais que em  ninguém mais poderiam ser encontradas. Ele foi   perfeito na humildade, ao ponto de lavar os pés dos Seus discípulos (João  15). Mas, ao mesmo tempo, afirmou Sua Divindade, conforme João 10:30: “Eu  e o Pai somos um”.  Em João 8:58, Ele diz: “Em  verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu  sou”,  confirmando  Êxodo 3:14:  “Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”. Sua  afirmação:  “... Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”  (Mateus 11:29) parece arrogante; contudo, Ele a confirmou entre as criancinhas  (Mateus 18). Ele era tão severo ao ponto de virar as mesas dos cambistas, no  pátio do Templo, empunhando um azorrague de cordas, a fim de expulsar os animais  (João 2). Ele era conhecido pela virtude da bondade, mesmo sendo severo com os  hipócritas, que desviavam os inocentes (Mateus 23).
  
 Vida  e Ensino  - Conforme  o  próprio Jesus declarou, a substância  dos Seus ensinos estava no Velho Testamento (Mateus 15:17-18). Ele condenou as  tradições inúteis, bem como as interpretações errôneas do Velho Testamento  (Mateus 5:21-s; 15:3-5). Mesmo que a essência dos Seus ensinos não fosse nova, a  maneira pela qual Ele ensinava era única. No Sermão do Monte, Ele empregou um novo  método de ensino.
             As vívidas parábolas, tais como “O Bom Samaritano” (Lucas 10); “O Filho Pródigo” (Lucas 15) e “A Ovelha Perdida” (Lucas 15:4-f) são  obras primas da comunicação. As parábolas permanecem no âmago do ensino de  Jesus. Quando aplicava o estilo de vida das pessoas, a fim de ilustrar as  verdades que Ele  queria transmitir,  Jesus comunicava essas verdades, refutando o erro. Além disso, falando em  parábolas,  Ele evitava “atirar pérolas  aos porcos”, ao mesmo tempo esclarecendo  os que queriam aprender (os de casa). Mesmo que o uso de alegorias e parábolas  não fosse uma exclusividade, a maneira pela qual Ele as empregava o era. Ele  usou uma nova atitude, quando trouxe a arte de ensinar o eterno mistério em  termos de experiências do dia-a-dia. As leis do ensino identificadas pelos  pedagogos modernos (Shafer, Seven  Laws) foram perfeitamente praticadas nos ensinos de Jesus.  A maneira  pela qual Jesus ensinava era  única. Os intelectuais judeus admitiam: “Nunca  homem algum falou assim como este homem” (João  7:46). Quando Ele ensinava em parábolas, era rodeado pelas multidões (Mateus  13:34). Quando era um garoto, impressionou até mesmo os rabinos, no Templo  (Lucas 2:47). Mais tarde, Ele confundiu os que tentavam apanhá-Lo numa armadilha  (Mateus 22:46).
  
 Cristo  é Superior  -  Jesus Cristo foi exclusivo de todas as maneiras. Desde Sua completa divindade  até Sua completa humanidade; desde Sua miraculosa concepção até Sua sobrenatural  ressurreição; desde o Seu impecável caráter até o Seu incomparável ensino, Jesus  permanece acima de todos os líderes religiosos e morais.
  
 Cristo  é Superior a Moisés  -  Como um perfeito judeu, Jesus não tinha argumentação contra Moisés, o profeta  que entregou a lei judaica e libertou os israelitas da escravidão no Egito para  a liberdade, numa nação  independente.  Moisés e Jesus foram profetas do mesmo Deus e Jesus afirmou que não viera para  abolir a lei (encontrada nos escritos de Moisés), mas para cumpri-la (Mateus  5:17). Jesus quis dizer que as palavras de Moisés são as palavras de Deus  (Mateus 19:4-5; Lucas 24:25-27); contudo, em muitos aspectos, Ele foi superior a  Moisés.
  
 Cristo  foi um profeta superior a Moisés  -  Em Deuteronômio 18:15-19, Moisés predisse que Deus levantaria um profeta judeu  com uma mensagem especial e qualquer pessoa que não acreditasse nesse profeta  seria julgado por Deus. Esta passagem tem sido interpretada como se referindo ao  Messias. Gênesis 3:15 também é entendido   por muitos como se referindo a Jesus, como a semente da mulher, que  esmagaria a cabeça da serpente.
  
 A  Revelação de Cristo é superior à de Moisés  - “Porque  a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus  Cristo”  (João  1:17).  Conquanto  Moisés tivesse estabelecido as estruturas morais e sociais para guiar a nação, a  lei não podia salvar pessoa alguma da penalidade do pecado, que é a morte  (Romanos 6:23). Conforme Paulo diz:  “...  Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei  vem o conhecimento do pecado”  (Romanos 3:20), os pecados que a lei tornou conhecidos seriam “justificados  gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo  Jesus”  (Romanos 3:24). A revelação de Cristo é construída sobre o fundamento de Moisés,  no sentido de que Ele veio solucionar os problemas dos quais a lei nos tornou  conscientes.
  
 A  posição de Cristo é Superior à de Moisés  -  Moisés foi o maior entre os profetas do Velho Testamento. Conforme diz a  Epístola aos Hebreus:  “... toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é  Deus. E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para  testemunho das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho, sobre a  sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a  confiança e a glória da esperança até ao fim”  (Hebreus 3:5-6). Enquanto Moisés serviu a Deus, Cristo foi declarado Filho de  Deus, com o direito de governar sobre os servos.
  
 Os  Milagres de Cristo São Superiores aos de Moisés  - Moisés realizou grandes milagres, porém os milagres de Cristo foram  superiores. Moisés levantou a serpente de bronze para curar os que foram  mordidos pelas serpentes e olharam para ela, mas aqui ele apenas seguia  instruções divinas. Ele jamais fez os cegos enxergarem nem os surdos ouvirem.  Também nada existe no ministério de Moisés que possa se comparar à ressurreição  de Lázaro e à de Cristo.
  
 As  afirmações de Cristo são superiores às de Moisés -  Moisés nunca afirmou que era Deus e nada fez,  além de cumprir o seu ofício de profeta. Jesus afirmou ser Deus e predisse a Sua  própria ressurreição para comprová-lo.
  
 Cristo  é Superior a Maomé  - Maomé, o fundador do Islã, estava de acordo com Moisés e com Jesus ao dizer  que existe um só Deus, o qual criou o universo e existe à parte do universo.  Existe uma considerável concordância  a  respeito dos eventos dos primeiros 16 capítulos de Gênesis, sobre o fato de Agar  ter sido expulsa da casa de Abraão. Depois disso, a Bíblia focaliza Isaque,  enquanto o Islã focaliza o que aconteceu a Ismael, seu antepassado. Os ensinos  de Maomé podem ser resumidos em cinco doutrinas:
 1.  -  Alá é o único Deus.
 2.  -  Alá enviou muitos profetas, inclusive Moisés e Jesus, porém Maomé, o último  deles, é o maior.
 3.  -  O Corão é o supremo livro religioso,  tendo prioridade sobre a Lei, os Salmos e os Injil (Evangelhos) de Jesus.  
 4.  -  Existem muitos seres intermediários (anjos) entre Deus e nós, alguns deles sendo  bons e outros maus.
 5.  -  As obras de cada ser humano serão pesadas, a fim de se determinar quem irá para  o céu ou para o inferno, na ressurreição. 
             Os meios de salvação incluem:  recitar várias vezes ao dia a Shahadah (“Não existe outro Deus além de Alá; e Maomé  é o seu profeta”); orar cinco vezes ao dia; jejuar durante o mês [do  Ramadã], dar esmolas e fazer pelo menos uma peregrinação a  Meca.
  
 Cristo  ofereceu uma mensagem superior -  Jesus fez afirmações superiores às de Maomé. Jesus afirmou ser Deus. Enquanto  isso, Maomé disse que era apenas um homem e um profeta. Ora, se Jesus não é  Deus, certamente Ele também não foi um profeta de Deus [mas um mentiroso, um  megalomaníaco]. Contudo, Jesus ofereceu uma autenticação superior às Suas  afirmações. Ele realizou muitos milagres, enquanto Maomé não realizou milagre  algum. Maomé admitiu - no Corão - que Jesus realizou muitos milagres. Somente  Jesus morreu e ressurgiu dos mortos.
  
 Cristo  oferece um melhor meio de salvação  -  Ao contrário do deus do Islã, o Deus da Bíblia chegou até nós, tendo enviado o  Seu Filho à Terra, para morrer pelos nossos pecados. Maomé não ofereceu qualquer  garantia de salvação eterna; ele apenas direcionou os seus seguidores a que  trabalhassem, a fim de conseguirem o favor de Alá. Cristo nos proveu tudo que  necessitamos para nossa chegada ao céu, através de Sua morte e  ressurreição:  “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos,  para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo  Espírito”  (1 Pedro 3:18).
  
 Cristo  ofereceu um superior modelo de vida  -  Maomé gastou os últimos dez anos de sua vida em guerras. Sendo um polígamo, ele  excedeu até mesmo ao número de esposas por ele prescrito em sua religião  (quatro). Ele violou sua própria lei, quando atacou as caravanas que se dirigiam  a Meca, algumas delas em peregrinação. Ele se preocupou em retaliações e  vingança, contrariando seu próprio ensino.
  
 Jesus  é superior aos gurus indianos  -  No Hinduísmo, o guru é um mestre.
As escrituras hinduístas não podem ser  entendidas pela simples leitura. Elas devem ser   interpretadas e aprendidas de um guru. Esses homens “santos” são  adorados, até mesmo depois de sua morte, como sendo supostas encarnações dos  deuses.
             O que eles ensinam é que os humanos  precisam de libertação, através de intermináveis ciclos da reencarnação  (sansara), a qual é trazida pelo carma, ou seja, as obras de todas as palavras,  as ações no presente  e de todas as vidas  passadas. A libertação (moksha) é conseguida quando o indivíduo expande o seu  ser e consciência até um nível infinito e descobre que sua atman (alma) é a mesma com Brama (o ser  absoluto, do qual provém toda a multiplicidade). Em outras palavras, todo hindu  precisa praticar a bondade pessoal. Esta realização pode ser alcançada através  da Janna Yoga - a salvação pelo  conhecimento dos escritos antigos e da meditação interior; da Bhakti Yoga, a  salvação através da adoração a um entre os milhões de divindades; a Karma Yoga -  a salvação pelas obras, como cerimônias, sacrifícios, jejuns e peregrinações, os  quais devem ser feitos sem visar recompensa alguma. Cada um destes métodos, até  certo ponto, inclui a Raja Yoga, uma  técnica de meditação envolvendo o controle sobre o corpo, a respiração e os  pensamentos. O Hinduísmo, conforme é realmente praticado, consiste amplamente de  superstição, de lendas sobre os deuses, de práticas ocultistas e adoração aos  demônios.
  
 Cristo  ensina uma visão superior do mundo  - Jesus ensinou uma visão teísta do mundo. Mas, o Panteísmo, a realização da  divindade, é o âmago do Hinduísmo. 
  
 O  ensino de Cristo é moralmente superior  -  O Hinduísmo  ortodoxo insiste em que se  deve deixar que as pessoas sofram, porque este é o seu destino determinado pela  carma. Jesus disse que devemos  “amar  ao próximo como a nós mesmos”  e na 1 João 3:17, lemos: “Quem,  pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas  entranhas, como estará nele o amor de Deus?”   Também  muitos, senão a maioria dos gurus, usam sua privilegiada posição com o objetivo  de explorar os seguidores financeira e sexualmente.  O Bagwan Sri Rajneesh acumulou dúzias de  Rolls Royces à custa da ingenuidade dos seus seguidores. Já os Beatles se  decepcionaram com o Maharish Mahesh Yogi, quando descobriram, em uma de suas  festas,  que ele estava mais interessado  no corpo das mulheres, do que em seus espíritos. Foi então que eles admitiram:  “Cometemos um erro!” Até mesmo o respeitado guru Mahatma Gandhi costumava dormir  com mulheres jovens, além de sua esposa.
  
 Jesus  oferece um superior caminho de iluminação -  Enquanto os gurus são necessários para se entenderem os sagrados escritos  hinduístas do Bhagava Gita, e dos Upanishads, não existe qualquer verdade  esotérica ou oculta na Bíblia, além da compreensão normal, a qual precise ser  explicada. A meditação cristã não exige esforço algum no sentido de esvaziar a  mente, mas, em vez disso, ela provê a mente com a verdade dos princípios  bíblicos (Salmo 1). A meditação interior equivale a descascar uma cebola;  vai-se retirando capa a capa e, quando se  chega ao miolo, descobre-se que ali nada existe. A meditação cristã começa com  substância e esclarece o significado, até chegar ao âmago da  alma.
  
 Cristo  ensina um melhor caminho de salvação  - O hindu se extravia no ciclo cármico da reencarnação, até chegar ao  moksha, sendo obrigado a construir o  caminho somente através desse labirinto. Jesus disse que seríamos salvos pela fé  Nele (Efésios 2:8-9 e Tito 3:5-7) e que podemos saber que a salvação é garantida  (Efésios 1:13-14 e 1 João 5:13).
  
 Cristo  é superior a Buda  -  Siddharta Gautama (ou Buda, que significa Iluminado) é inferior a Cristo. O  Budismo começou como uma reforma dentro do Hinduísmo,  o qual havia se transformado num sistema de  especulação e superstição. Para corrigir tal coisa, Gautama rejeitou os rituais  e o ocultismo, desenvolvendo uma religião essencialmente ateísta (embora as  formas posteriores do Budismo tenham retornado aos deuses hinduístas). Suas  crenças básicas são resumidas nas Quatro  Verdades Nobres:
 1.  - A vida é sofrimento.
 2.  - O sofrimento é causado pelo desejo de poder e  prosperidade.
 3.  - O sofrimento pode ser eliminado pela eliminação dos  desejos.
 4.  - O desejo pode ser eliminado pelo caminho dos Oito  Passos.
 O  caminho óctuplo é tanto um sistema de educação como de preceitos morais do  Budismo. Ele inclui: 1) conhecimento correto; 2) instruções corretas; 3)  linguagem correta; 4) conduta correta (ou seja, não matar, não beber, não  roubar, não mentir, não adulterar); 5) ocupação correta; 6) esforço correto; 7)  mente correta (negação do ego); 8) meditação correta (Raja  Yoga).
 O  objetivo de todos os budistas não é o céu, nem estar com Deus, visto como não  existe um Deus no ensino de Gautama. Em vez disso, os budistas buscam o Nirvana, a eliminação de todo  sofrimento, dos desejos e ilusão da existência individual. Conquanto um ramo  liberal do Budismo (Mahayana Budhism) tenha desafiado Gautama como um salvador,  o Theravada
Bhudism continua próximo dos ensinos de Gautama, dizendo que ele  jamais afirmou sua divindade. Quanto a ser salvador, dizem que as últimas  palavras de Buda foram: “Buda apenas  apontou o caminho; opere você mesmo sua salvação com diligência”.  Como variante do Hinduísmo, o Budismo está  sujeito a todas as críticas acima, o que demonstra que o ensino de Jesus é  superior. Além disso...
  
 Cristo  preenche a vida com mais esperança  -  O ensino de Jesus é superior ao de  Buda, pois Jesus ensinou esperança nesta vida, enquanto o Budismo só enxerga  sofrimento, dizendo que a existência individual precisa ser erradicada.  Jesus  ensinou que a vida é um dom de  Deus, o qual deve ser usado (João 10:10); que o indivíduo deve ser respeitado  (Mateus 5:22) e ainda ofereceu esperança para a vida futura (João  14:1-6).
  
 Cristo  oferece um melhor caminho de salvação -  O Budismo ensina a reencarnação como meio de salvação. Contudo, nesta forma, o  ego (ou individualidade da alma) será erradicado no final da vida. Nesse caso,  mesmo vivendo nela, você não é você como indivíduo, mas alguém, cuja esperança é  o Nirvana. Jesus trouxe esperança a todo homem e mulher, como indivíduo. (João  14:3) e disse ao ladrão da cruz:  “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas  23:43). 
  
 Jesus  é um Cristo melhor -  Jesus afirmou e comprovou que era Deus em carne humana. Enquanto isso, Buda foi  apenas um homem, o qual morreu e jamais ressuscitou. Jesus ressurgiu dos mortos,  levantando-Se do túmulo que aprisionava o Seu corpo. Gautama apenas quis trazer  “iluminação” aos outros, a fim de que pudessem chegar ao Nirvana, onde toda  existência individual é anulada.
  
 Jesus  é superior a Sócrates -  Embora Sócrates jamais tenha fundado uma  religião, ele conseguiu atrair muitos seguidores. Sócrates jamais escreveu coisa  alguma, mas Platão, seu discípulo, escreveu muito sobre ele, embora tais idéias  sejam apenas de Platão, apresentadas como pensamento de Sócrates. Platão  apresenta Sócrates como um homem convencido de que Deus o havia nomeado para a  tarefa de promover a verdade e a bondade. O vício, em sua opinião, era apenas  ignorância, enquanto o conhecimento conduzia à virtude. Ele merece o crédito de  ter sido a primeira pessoa a reconhecer a necessidade de uma proposta  sistemática para descobrir a verdade, embora o próprio sistema fosse,  finalmente, formulado por Aristóteles, discípulo de Platão.  
             Como Cristo, Sócrates foi condenado  à morte com base em falsas acusações das autoridades, que se sentiram ameaçadas  com os seus ensinos. Ele poderia ter sido perdoado, se não tivesse insistido em  levar os seus acusadores e juízes a examinarem suas declarações e vidas, o que  eles não queriam fazer. Sócrates estava contente ao morrer, sabendo que havia  cumprido sua missão até o final e que a morte, quer fosse um sono sem sonhos ou  a maravilhosa companhia de um grande homem, seria uma coisa  boa...
  
 Cristo  tem uma base superior para a verdade  - Como Sócrates, Cristo costumava usar perguntas para levar os ouvintes a se  examinarem; porém, Sua base para conhecer a verdade sobre os seres humanos e  Deus estava no fato de que Ele mesmo era o   Deus Onisciente.  Ele disse,  conforme João 14:6:  “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por  mim.”  Ele  era, em Seu próprio Ser, a fonte da qual fluía toda a verdade. Do mesmo modo,  como Deus, Ele era a bondade absoluta, pela qual todas as outras bondades são  medidas. Certa vez, Ele mandou que um jovem examinasse suas palavras, ao dizer:  “Por  que me chamas bom?”  Jesus era a própria verdade e a bondade, virtudes que Sócrates desejava  entender.
  
 Cristo  oferece um conhecimento mais correto -  Conquanto Sócrates tenha ensinado alguns princípios verdadeiros, muitas vezes  ele foi levado a especular sobre itens importantes, tais como o que acontece  depois da morte. Jesus deu respostas exatas a tais perguntas, porque Ele tinha o  exato conhecimento sobre o destino humano (Ver João 5:19-29; 11:25-26). Onde a  razão (Sócrates) tinha suficiente evidência para chegar a uma conclusão  definitiva, a revelação (Cristo) dá as respostas que jamais poderiam ser  antecipadas.
  
 A  morte de Cristo foi mais nobre -  Sócrates morreu por uma causa e o fez com coragem,  o que, certamente, merece louvor. Contudo,  Jesus morreu como substituto pelos outros (Marcos 10:45), a fim de pagar a  penalidade por eles merecida. Ele não morreu apenas pelos Seus amigos, mas  também pelos que eram e continuam sendo Seus inimigos. (Romanos 5:6-7). Esta  demonstração de amor jamais foi igualada por qualquer filósofo ou  filantropo.
  
 A  prova de Cristo de Sua mensagem é superior -  Provas racionais são boas, quando existe sã evidência para suas conclusões.  Sócrates não pôde comprovar sua afirmação de ter sido enviado por Deus com algo  que se compare aos milagres de Cristo e à Sua ressurreição. Os profetas e  profetisas pagãos, tal como o Oráculo de  Delfi, não se comparam com a exata predição e os milagres bíblicos. Nestes  atos, existe uma prova superior de que a mensagem de Jesus foi realmente  autenticada por Deus.
  
 Cristo  é superior a Lao Tse   (Taoísmo)  - O Taoísmo moderno é uma religião de bruxaria, superstição e politeísmo, embora  fosse, originalmente, um sistema de filosofia, conforme tem sido apresentado,  hoje em dia, à cultura ocidental. Lao Tse  construiu este sistema sobre um princípio que explicava tudo no universo e a  tudo conduzia. Este princípio é chamado Tao e não existe uma maneira simples de  explicá-lo. O mundo está repleto de opostos conflitantes: bem e mal; macho e  fêmea; luz e trevas; sim e não. Todas as oposições são manifestações do conflito  ente o Yin e o Yang. Mas, na realidade final, Yin e Yang são completamente  interligadas e perfeitamente equilibradas. Este equilíbrio é o mistério chamado  Tao. Entender o Tao é verificar que todos os opostos são  um e que a verdade jaz na contradição, não na resolução.
             O Taoísmo supera isto, no sentido de  apressar que se viva em harmonia com o Tao. Alguém deveria entrar  numa vida de completa passividade e reflexão  sobre questões como: “Qual o som de uma  mão batendo palmas?” ou “Se uma  árvore cai na floresta  e alguém ali não  se encontra para escutar, ela produz algum som?” ; “A pessoa deve estar em paz com a natureza,  a fim de evitar todas as formas de violência e de mal”. Este sistema  filosófico muito se assemelha ao Zen-Budismo.
  
 Cristo  traz superior liberdade  - Jesus permite que os seres humanos usem a razão. De fato, Ele ordena:  “Amarás  o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu  pensamento”  (Mateus 22:37). O apóstolo Pedro completa: “Antes,  santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para  responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que  há em vós”  (1 Pedro 3:15). O Taoísmo não faz isto, pelo menos em nível elevado. Ele se  engaja na afirmação de que “a razão não  se aplica à realidade”.
  
              Esta declaração é por si mesma derrotista, uma racional declaração sobre  a realidade.  Ela é ou verdadeira ou  falsa, sobre a maneira como as coisas realmente são, e não contraditória, mesmo  afirmando que, no final, a verdade jaz em contradição. Jesus ordenou: “Amarás  o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu  pensamento”  (Mateus 22:37). Este é o grande e maior mandamento. Em Isaías 1:18, o Senhor nos  convida: “Vinde  então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a  escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como  o carmesim, se tornarão como a branca lã”.  E  Pedro nos exorta a dar uma explicação sobre a nossa fé:  “Antes, santificai ao SENHOR Deus em  vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a  qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em  vós.”
                 Jesus  encorajou o uso da nossa liberdade de escolha, nunca obrigando os que não  queriam segui-Lo. O Taoísmo exige que cada seguidor renuncie à própria vontade,  desistindo do poder de mudar as coisas, enquanto Jesus ensina que a escolha faz  a diferença. Cada pessoa pode escolher entre crer ou não (João 3:18); obedecer  ou desobedecer (João 15:14); mudar  o  mundo ou ser por ele mudado (Mateus 5:13-16).
 Jesus  permite a cada pessoa a liberdade de ser salva. O Taoísmo oferece apenas um  caminho, que é o de resignar-se à maneira como as coisas são. Cristo oferece um  meio de mudança, tanto de quem somos como o que somos, de modo que possamos  conhecer as alegrias da vida.  Em vez de  aceitarmos a morte como um fim inevitável, Cristo provê um modo de conquistá-la  através da ressurreição. Lao não pôde  fazer tal afirmação.
  
 Conclusão  -  Cristo é absolutamente Único entre todos os que já viveram.  Ele é Único em Sua natureza sobrenatural; em  Seu caráter superior e em Sua vida e ensino.   Nenhum outro mestre mundial afirmou ser Deus. Mesmo quando os seguidores  de algum profeta divinizavam o seu mestre, não existe prova alguma para  autenticar tal afirmação que possa se comparar ao cumprimento da profecia, à  vida impecável e à miraculosa ressurreição de Cristo. Nenhum outro mestre  ofereceu a salvação pela fé, independente das obras, no sentido de redimir a  culpa pelo pecado humano. Nenhum outro líder religioso, ou filósofo, demonstrou  amor pelas pessoas como Jesus Cristo fez, morrendo pelos pecados do mundo (João  15:13; Romanos 5:6-7). Jesus Cristo é absolutamente Inigualável entre todos os  seres humanos que já existiram.
  
 Notas  de rodapé
 J.  N. D. Anderson, The World?s Religions
H. Bushnell, The  Supernaturalness of Christ
N. L. Geisler, The Battle for the  Resurrection and R. Brooks, When Skeptics Ask
M. J. Harris,  From Grave to Glory
C. S. Lewis, Mere Christianity
B.  Russell, Why I Am Not a Christian
C.  Shafer, The Seven Laws of Teaching
 The  Baker Encyclopedia of Christian Apologetics, by Norman  Geisler
Tradução  de Mary Schultze, em 15 e 16/06/2009