sábado, 25 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
“Família é prato difícil de preparar”
Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
CARINHOSAMENTE A NOSSA FAMILIA!!
Fonte: O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Por que há tantos evangélicos "sem igreja"
publicado 22/08/2009 por José Peres Júnior
Há alguns anos, escrevi um artigo em que apontava algumas causas do vigoroso crescimento das igrejas evangélicas no Brasil. A verdade é que esse cristianismo protestante fincou pé definitivamente neste país, e ainda continua avançando.
No entanto, nota-se que paralelamente ao crescimento do número de igrejas evangélicas, e os líderes fecham os olhos para isto, cresce também o número daqueles que, embora se professem cristãos, não freqüentam nenhuma denominação religiosa. E grande número desses é egresso das fileiras evangélicas. Assim, a pergunta é: por que há tantos evangélicos que se dizem “sem igreja”?
O crente simplista dá nomes institucionalizados a esses indivíduos, tais como rebelde, desviado, fraco, desgarrado, infiel, dentre outros. Mas, apesar dos estigmas, o fato é que muitos desses “desviados” não se sentem afastados de Deus. Eles fazem as suas orações, lêem a Bíblia, louvam, e confessam ser cristãos.
Primeiramente, deve-se distinguir duas classes de cristãos “sem igreja”. Uma é formada por aqueles indivíduos que começam a freqüentar uma denominação cristã e se afastam enquanto ainda não atingiram solidez doutrinária. A outra é composta por crentes que já atingiram um certo “enraizamento” na doutrina evangélica. Estes, normalmente, se afastam porque encontram discrepâncias entre a doutrina cristã e o que se prega na igreja.
As causas do crescente afastamento de pessoas das igrejas evangélicas são inúmeras. Historicamente, o espírito protestante, de onde vêm os evangélicos, é um espírito não-conformista. É um espírito investigativo, examinador, empreendedor. Para abandonar o conservadorismo católico não se exige menos. É um espírito em busca da “verdade”. Rubem Alves, um dos mais brilhantes teólogos que o protestantismo brasileiro já produziu, afirma com muita propriedade que o espírito católico se cristaliza na busca pela “unidade” da igreja, enquanto o espírito protestante busca a “verdade”, não se prendendo à tradição, ou à instituição. Assim, em nome da unidade, a instituição católica é bem mais tolerante quanto à diversidade em seu seio. Ao passo que aqueles que primam pela “verdade” não podem tolerar o pensamento divergente. Ou seja, o ambiente institucional evangélico é muito rígido. Para Alves, quem acredita possuir a verdade tem de ser intolerante e não pode aceitar idéias divergentes. De forma que a “doutrina” de quem governa a igreja evangélica não pode ser contrariada, ou posta
É curioso que ao católico, o evangélico se diz comprometido com a “verdade” e para possibilitar a conversão do outro, apela à independência institucional e à liberdade para interpretar o Texto Sagrado: examine, pondere, analise, veja se as regras católicas estão de acordo com a Bíblia. Com vistas à conversão, apela-se ao senso crítico. No entanto, esse indivíduo, protestante por natureza, gerado a partir da independência institucional e da liberdade para examinar e decidir os seus rumos espirituais, no seio da igreja evangélica vê-se impedido de usar dessa liberdade, pois, aderindo ao “batismo” da igreja, é obrigado a aceitar, a professar e a justificar, incondicionalmente, as regras da instituição.
Paradoxalmente, o discurso evangélico apregoa a liberdade, o senso crítico, a racionalidade e o livre exame do texto bíblico, mas enaltece a obediência e a fidelidade às suas estruturas institucionais.
Para instituir um conjunto de dogmas para a comunidade, o poder eclesiástico na igreja evangélica apela para a crença na infalibilidade dos seus líderes. Os dizeres e as interpretações dos líderes evangélicos quase sempre são elevados à categoria de revelações do Espírito Santo e ganham ares de “verdades” inquestionáveis. Por extensão, apregoa-se que as convenções da igreja não erram nas suas interpretações e nas suas nomeações. Por isto se exige obediência e submissão aos decretos superiores. Desta forma, quem não falar as palavras da instituição, não fala na igreja evangélica. Quem não aceitar as “regras do jogo” é impedido de jogar.
Rupturas são inevitáveis. Esse espírito investigativo se recusa a se dobrar àquilo em que não acredita. Daí nasce uma infinidade de novas instituições. Raríssimas são as denominações evangélicas que não nasceram de cismas, de discordâncias, de rupturas.
Por outro lado, muitos cristãos evangélicos, protestantes por natureza, que não possuem o idealismo para fundar uma nova instituição, quando percebem as discrepâncias no discurso institucional, preferem virar as costas para a denominação religiosa e fazer uma interpretação independente, de Deus, do mundo e da Bíblia.
Esse é o espírito protestante.
Esse é o espírito dos profetas.
Autor: Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
POR QUE HÁ TANTOS EVANGÉLICOS "SEM IGREJA"
publicado 22/08/2009 por José Peres Júnior em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/23693/1/POR-QUE-HA-TANTOS-EVANGELICOS-SEM-IGREJA/pagina1.html#ixzz1894PMtH3
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/23693/1/POR-QUE-HA-TANTOS-EVANGELICOS-SEM-IGREJA/pagina1.html
jopejunior@yahoo.com.br
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/23693/1/POR-QUE-HA-TANTOS-EVANGELICOS-SEM-IGREJA/pagina1.html#ixzz1893UtUVJ
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Divergência de opinião
QUARTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2010
Divergência de opinião
Impossível não lembrar do que fazem aos que se arriscam a contar da alegria que há na liberdade aos legalistas que só entendem que o que é belo é para ser preso, rotulado e seu canto não deve ecoar pelos céus da vida.
Não entendem que uma candeia não deve ser colocada debaixo do alqueire.
Uma pena
Postou Zé Luís, nas páginas do Geniza
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2010/12/divergencia-de-opiniao.html#ixzz17ZS3VF2I
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Decorar doutrinas é fácil, o difícil é ser "ético"
A Lição da Escola Sabatina de hoje (06-11-2010) recapitulou a história de Urias, um personagem "dos bastidores" que foi vítima das atitudes pecaminosas de Davi (2Sam. 11).
A lição tratou Urias como um exemplo de fidelidade ao Senhor, em contraste com o Rei Davi que, além de ter se eximido de ir à guerra (que deveria ser a atitude c
orreta do líder do Exército) e ter preferido ficar na comodidade do Palácio Real em Jerusalém, ainda praticou cobiça, adultério, mentiras e, por fim, o assassinato do próprio Urias.
Fiquei observando os comentários dos membros da Unidade na qual eu estava, e o quanto os "irmãos" e "irmãs" têm uma ética deficiente, e uma compreensão equivocada deste tema na Bíblia. Foi comum ouvir um ou outro dizer que a culpa foi de Urias, que passou vários meses longe da família e preferiu ficar com os amigos no palácio do que ir para casa ver sua esposa. Não faltou quem dissesse que ele era um mau marido, que não gostava da esposa, que mereceu ser "traído", e que ele só morreu daquela forma porque não atendeu ao convite de Davi para ir para casa e ficar com sua bela esposa.
Quando o professor procurou mostrar o outro lado da questão, o lado da extrema ética e zelo de Urias pela sua fé em Deus (lembrando que ele, possivelmente, era um estrangeiro convertido), alguns "alunos" não concordaram, ficaram resmungando em conversas paralelas, e teve até um deles, que se considera muito conhecedor das Escrituras, que se levantou e saiu por não concordar com o que o professor estava explicando.
Esse é o ponto da questão... o que entendemos a respeito da ética bíblica?
O título desta postagem resume o que penso sobre este tema:
- É fácil decorar doutrinas e saber explicar detalhezinhos insignificantes de Daniel e Apocalipse... mas devolver um troco recebido a mais no ônibus, ai faz-se de conta que não vimos nada...
- É fácil retirar da alimentação este ou aquele alimento "reprovável", mas ser um funcionário eficiente, que faz sempre além do que lhe mandam, ai preferimos o velho bordão "não sou pago para fazer isso!"...
- É fácil encher a parede do escritório ou da sala com certificados de Ano Bíblico, e dizer com orgulho que já lemos a Bíblia toda umas 13.480 vezes, mas trocar o voto para Deputado por R$ 20,00 ou R$ 30,00 é algo "normal" para nós...
Percebem?!
A ética trata disso: de comportamento, de atitude, de escolhas... porém baseadas no que temos de mais profundo em nosso ser, em nosso caráter.
Diante da igreja, no sábado de manhã, com terno e gravata, é muito fácil parecer um bom cristão, um líder espiritual respeitável, um verdadeiro "santo"... mas é no dia-a-dia, nas pequenas decisões tomadas, nos mínimos afazeres cotidianos, que realmente revelamos o quanto o Cristianismo, em sua essência, tem impregnado nossa vida!
Se na igreja eu assumo uma postura de "consagração", "humildade", profundo conhecimento bíblico e doutrinário, mas no dia-a-dia eu demonstro um espírito egoísta, indisciplinado, desonesto, maldoso, intemperante, crítico, etc., isso evidencia que eu não compreendi o que JESUS ensinou sobre o tema no qual Ele mais se demorou: A ÉTICA CRISTÃ.
Enquanto eu observava os irmãos discutindo sobre se Urias errou ou não, percebi que havia uma pessoa na Unidade que foi um dos poucos que, de fato, compreendeu o tema da Lição. E sabe o que mais foi "irônico"? É que esta pessoa é uma das que aparenta menos conhecimento "doutrinário" do grupo, apesar de ser um membro antigo naquela congregação.
Assim é a ÉTICA CRISTÃ: você não precisa ser um intelectual, um teólogo, dominar a interpretação das profecias de Daniel e Apocalipse, ser defensor ardoroso da reforma alimentar ou de vestuário, etc., para ser ÉTICO... basta que você se disponha a entender, E APLICAR, aquilo que Jesus ensinou durante todo Seu ministério neste mundo.
Não é a toa que se costuma dizer que o sermão mais longo de Cristo, foi também o mais DIFÍCIL de ser vivido: o Sermão do Monte (releia-o em Mateus 5 a 7).
Deve ser porque ali o Mestre não tratou de doutrinas secas e sem vida... mas da ÉTICA que salva.
Voltando à história de Urias, ele foi sim um exemplo a ser seguido no que se refere ao zelo que demonstrou para com a Arca do Senhor, para com seus "irmãos" de batalha, e para com seu rei... mesmo que os machistas e as feministas da cultura podre de nossa época pensem o contrário.
Nesta terrível história, o único verdadeiramente culpado foi DAVI, e somente depois que ele entendeu isso foi que escreveu o belo Salmo 51.
"Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força" - Deut. 6:5.
Por: Gilson Medeiros
Fonte:http://prgilsonmedeiros.blogspot.com/2010/11/decorar-doutrinas-e-facil-o-dificil-e.html
terça-feira, 26 de outubro de 2010
O Santo e o Legalista
Santidade e legalismo: O caráter surpreendente do santo.
2. O santo vive em liberdade sob o espírito da lei, e não no claustro do detalhismo ético. Ele vê a moral cristã à luz do conjunto mais amplo de preceitos morais e do seu escopo principal: a glória de Deus e a felicidade humana; em vez de vê-la sob as trevas da obediência a detalhes morais, capazes de conduzi-lo à negligência do propósito essencial da norma ética.
3. O santo submete sua vida ao que as Escrituras revelam, o legalista procura impressionar a Deus com tolices criadas pelo homem. Para o santo, boa obra é apenas aquela que é praticada em amor e sujeição a preceito ético claramente revelado.
4. O santo sabe que entrará no reino dos céus pelo sacrifício de um outro que foi espancado e morto em seu lugar, o legalista não consegue entender uma relação com Deus que não seja baseada em performance.
5. O santo cai e se levanta, confiando mais na misericórdia de Deus do que na sua inocência, o legalista só se perdoa depois de haver expiado pessoalmente a sua culpa.
6. O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona com Deus através da lei.
7. O santo ficou viúvo da lei e casou com Cristo, o legalista mantém o matrimônio com a senhora lei.
8. O santo é cara de pau. Participa da festa do amor do Pai como se nada tivesse acontecido. O legalista recusa-se ir para o salão de festa sem antes passar pela senzala.
9. O santo usa as Escrituras para revelar o amor gracioso de Deus pelos pecadores, o legalista usa a Bíblia para justificar a sessão de apedrejamento do que pecou.
10. O santo surpreende-se com a doçura da graça de Deus, o legalista espanta-se com a estreiteza do caminho que leva ao céu.
11. O santo é bom e justo, já o legalista costuma ser apenas justo. Em suma, o santo é justo, o legalista é justiceiro.
12. As crianças adoram a companhia do santo, o legalista as espanta.
13. O santo não se sente livre para ser mau porque Deus é bom, o legalista tende a ser tão mau quanto o seu Deus.
14. O santo tem sempre alguém na vida com quem pode falar sobre suas fragilidades morais, o legalista procura ocultá-las até de si mesmo.
15. O santo encontrou na vida um Deus amável a quem cultua em amor, o legalista encontrou na vida um justiceiro celestial a quem cultua de olhos secos.
16. O santo é progressista, o legalista é conservador. O santo conserva o que ainda é útil, santo e bom; o legalista conserva o que é relativo, temporal e anacrônico. O santo lê Nietzsche, Foucault e Freud, e retém o que é bom, encontrando ouro no meio do lamaçal; já o legalista lê as mesmas pessoas sempre, mantendo uma vida intelectual antisséptica, que o priva de aprender com quem, embora não ofereça boas respostas, faz boas perguntas.
17. O santo celebra a vida, o legalista só se sente bem quando está mal.
18. O santo não busca uma santificação que o desnaturalize, o legalista tenta viver como anjo
19. O santo surpreende-se com a condescendência divina em face da sua fraqueza moral, o legalista não entende como não é mais abençoado em face do seu desempenho ético.
20. O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona apenas com Deus. Por isso, o santo encontra o Pai, o legalista o Diabo.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Decreto dominical?
O DOMINGO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
por Edgard Durand e
Eloy Arraes Vargas
Muito tem sido falado sobre a instituição do Domingo como descanso obrigatório como legislação mundial.
Particularmente entre os religiosos que guardam o sábado esse tema tem sido extremamente destacado e discutido.
Fato é que na Constituição Brasileira esse tema tem sido tratado de forma mais ou menos explicita, dependendo das condições de época e dos congressos constituintes de cada época.
O fato de que a Constituição Brasileira privilegie o Domingo como dia de descanso seguramente não impede os guardadores do sábado continuem a guardar o seu dia e descansar nele.
O que ocorre nesses casos é que a maioria dos guardadores do sábado passam a descansar 2 dias por semana, ou seja, Descansam no Sábado cumprindo sua fé e descansam no domingo para não agredir a comunidade e não agredir a lei do Pais.
Uma observada com mais cuidado nas crenças dos guardadores do sábado vai nos mostrar que em seus livros textos o que se observa é o temor do surgimento de uma lei que venha impedi-los de guardar o sábado.
Essa lei que os proibiria de Guardar o Sábado é apresentada e chamada erroneamente de Lei dominical, particularmente entre os Adventistas do Sétimo Dia, apesar de que em um dos seus livros básicos chamado de "Conflito dos Séculos" fica claro que a referencia e expectativa tem a ver com "decretação da proibição da Guarda do Sábado" e de que com o passar do tempo surgiria uma lei decretando a pena de morte aos guardadores do Sábado.
Quanto a guardar o Domingo desde que também se guardasse o sábado, fica claro nos Livros escritos por Ellen G. White ( profetisa desse grupo) que isso não seria problema nenhum pois, recomenda ela, que no Sábado se descanse conforme a Lei dos mandamentos e que o domingo seja usado para a pregação religiosa (enquanto isso for permitido).
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Na emenda constitucional seguinte há uma reestruturação e o assunto tem a seguinte redação:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98:"XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;"
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XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;XXIV - aposentadoria;XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas;XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
(*) XXIX -ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de:(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000:"XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;"
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
(*) XXXIII -proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz;(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98:"XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;"
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
ELEN G. WHITE E O VEGETARIANISMO
Em 1863 Ellen teria tido a visão da reforma de saúde.
Mas desde que o Senhor me apresentou, em junho de 1863 a questão do comer carne e a saúde deixei o uso desse alimento. Durante algum tempo, foi bastante difícil gostar de pão, que antes pouco me apetecia. Perseverando, todavia, cheguei a consegui-lo. Tenho vivido cerca de um ano sem carne. Por quase seis meses a maior parte do pão em nossa mesa tem sido sem fermento, feito de farinha integral e água, com bem pouco sal. Usamos frutas e verduras com liberalidade. Tenho vivido por oito meses com duas refeições.—Conselhos sobre o regime alimentar, p. 482.
Nota: Ellen diz que o propósito desta visão em 1863 era mostrar as relações entre a alimentação carnea e a saúde. Nesta visão ela não mostra qual era o problema da carne, ela simplesmente mostra que não estava usando carne em sua alimentação.
1865
Em 1865 a reforma da saúde passa a fazer parte da “tríplice mensagem angélica” pela primeira vez. !
Me foi mostrado que a reforma de saúde, é parte da mensagem do terceiro anjo, e está com ela tão intimamente relacionada como o estão o braço e a mão em relação ao corpo humano. Vi que nós, como um povo, precisamos progredir nesta grande obra. Pastores e povo devem agir em harmonia. Testimonies, vol. 1, pág. 486.
Leia Apocalipse 14:9 e Apocalipse 22:18 e reflita sobre o acréscimo da Reforma de Saúde a mensagem do terceiro Anjo.
p. 318. Letter 23, 1878.