sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Poder do agora - Um Guia para a iluminação espiritual

Primeiro lugar na lista do THE NEW YORK TIMES

Eckart Tolle

"Este é um dos melhores livros que surgiram nos últimos tempos. Cada frase transmite verdade e poder."

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Para empreender a jornada em direção a O PODER DO AGORA, a primeira coisa a fazer é deixar para trás nossa mente analítica e nosso falso ego.
Desde o primeiro capítulo subiremos rapidamente para uma atitude mais elevada, onde se respira um ar mais leve, o ar do espiritual. Embora seja um atitude desfiadora, ECKHART TOLLE nos guia com sua linguagem simples e facilita o entendimento de conceitos complexos ao escrever no formato de perguntas e respostas.

Existem muitas descobertas a serem feitas ao longo do caminho: nós não somos as nossas mentes; nós podemos nos livrar da dor psicológica; o verdadeiro poder humano se encontra na entrega ao Agora. Também descobrimos que o corpo pode ser uma das chaves para se entrar em um estado de paz interior, assim como o silêncio e espaço ao nosso redor. O acesso está disponível por toda a parte. Esses portais podem e devem ser utilizados para nos levar até o Agora, o momento presente, onde os problemas não existem. Aqui encontraremos nossa alegria e seremos capazes de abraçar o nosso verdadeiro eu. Descobriremos, então, que já somos completos e perfeitos.

Muitos vão perceber que os maiores obstáculos para essa realização são os nossos relacionamentos, especialmente com as pessoas mais próximas. Mas, como estamos em território novo, nem tudo é o que parecia ser anteriormente. Os relacionamentos também podem ser uma porta de entrada para a iluminação espiritual, se soubermos lidar com eles de forma sábia. Ou seja, se nos tornarmos pessoas mais amorosas e conscientes. O Resultado? A Verdadeira comunhão entre nós e os outros.

Se formos capazes de estar plenamente presentes, se não resistirmos ao que É e entendermos o amplo significado da palavra perdoar , estaremos nos abrindo para a experiência transformadora de O PODER DO AGORA.

Eckart Tolle nasceu na Alemanha, onde passou os treze primeiros anos de sua vida. Depois de se formar pela Universidade de Londres, tornou-se pesquisador e supervisor da Universidade de Cambridge. Quando tinha vinte e nove anos, uma profunda transformação espiritual dissolveu a antiga identidade e mudou o curso de sua vida de forma radical.

Nos últimos dez anos ele tem atuado como conselheiro e mestre espiritual, trabalhando com pequenos grupos na Europa e na América do Norte. Ele mora em Vacouver, no Canadá, desde 1996.

2 comentários:

Francisco A. de Azevedo disse...

Este texto me lembrou muito o livro "O PODER DO AGORA", veja:

O Quarto

Carlos Moreira

Aquele era o meu mundo... Ali eu existia sendo eu mesmo, sendo um todo, sendo meu. Fechada a porta, luzes se acendiam, cenários se desvelavam, via-me alçado ao imaginário, viajava sem sair do lugar, visitava outros ambientes, outros “planetas”! Mesmo na escuridão da noite, podia enxergar perfeitamente. O rádio tocava canções para embalar meus pensamentos, músicas antigas, daquelas que lhe acalmam, lhe entorpecem.

Todo mundo precisa de um “quarto”. Um lugar só seu, feito de estrelas e breu, com chaves só pelo lado de dentro, impenetrável, inviolável, onde nada do mundo exterior possa lhe atingir. Chega de tanta realidade! Há de se poder “delirar” um pouco, pois quem suporta viver o concreto o tempo inteiro? Naquele “quarto” eu me despia de tudo o que não era, me vestia de tudo o que gostaria de ser. Ali “...eu era o rei. Era o bedel e era também Juiz. E pela a minha Lei a gente era obrigado a ser feliz”. Chico Buarque.

Mas eu cresci, mudei de lugar, mudei de “quarto”... O novo não era do mesmo jeito, tinha mais glamour, mas nele o “show” não acontecia à noite, as cortinas não se abriam, os palhaços não apareciam, a vida era rotina e solidão. Eu tinha saudades do “velho amigo”, daquele pedacinho de mundo que eu havia criado, tecido de pétalas, coberto de sons, de cores, fantasias, onde sempre havia festas, risos, era um mundo dentro do meu mundo, um refúgio, um lugar onde me sentia protegido.

O tempo se passou... Os sonhos se esfarelaram pelo chão da vida. As estrelas despencaram do firmamento, o sol se pôs, tudo ficou denso, escuro, cheio de silêncios, de poeira levada pelo vento. A realidade veio me brindar com sua dose de fatalismos, com seus desgastes próprios, trouxe consigo as dores de existir, de crescer, de ter de enxergar e não mais ver, de ter de ter e não bastar apenas ser. E eu pensava comigo: “eu queria tanto estar no escuro do meu quarto a meia-noite, a meia luz, pensando, daria tudo por meu mundo e nada mais”. Guilherme Arantes.

Aí eu fiz o que já devia ter feito há muito tempo! Voltei para dentro do “quarto”! Sim, descobri que esse “lugar” não precisa ser real, pode ser imaginário, acessível pelos "conduítes" da alma, disponível a qualquer hora. Nele é possível afrouxar os nós da gravata, não atender ao celular, nem ter de ler e-mails ou olhar extratos bancários. São breves momentos que duram uma eternidade, pois ali você é só seu e de mais ninguém.

Bem afirmou Henry Miller, ainda que pareça idiotice: “manter a mente vazia é uma proeza... Estar silencioso o dia inteiro, não ver nenhum jornal, não ouvir rádio, não escutar tagarelices, estar perfeita e completamente ocioso... Os jornais engendram mentiras, ódio, ganância, inveja, desconfiança, medo, maldade. Nós não precisamos da verdade como ela nos é servida nos jornais diários. Precisamos de paz, solidão e ociosidade”.

Continua no próximo..

Francisco A. de Azevedo disse...

Continuação...

Jesus era um homem de oração, de reclusão. Tinha necessidade do isolamento, da introspecção, da busca do intangível, do imaterial, de alimentar sua alma de verdades e não apenas de coisas. Ele também tinha um “quarto” desses... Estava em todo lugar e em lugar nenhum. Às vezes era o jardim, em outras as montanhas. De certa feita, fez dele a beira mar e, num outro momento, uma estalagem qualquer, no meio do nada, acolhido pelo frio, embalado pelo cansaço, debaixo do céu estrelado, deitado sobre o chão. Ali sentia os aromas do deserto, sabia que mesmo sem ter onde reclinar a cabeça, possuía um “quarto” somente seu...

Recentemente, visitei aquele "cantinho" da infância. Depois de 27 anos voltei ao apartamento onde meus pais moraram por quase duas décadas. Nele estava residindo um casal de velhinhos. Muito simpáticos, me convidaram a entrar. Mostraram-me a casa reformada, as mudanças realizadas. Tudo ficou muito bonito.

Mas houve um momento em que eu cheguei ao quarto que havia sido meu. O coração acelerou, os olhos encheram-se de lágrimas, uma nostalgia irresistível tomou conta de minha mente pragmática, não dada a muitas emoções. “Eu dormia aqui”, disse. O casal me deixou só por alguns instantes, tempo suficiente para ver toda minha vida diante dos meus olhos.

No canto do quarto, sentado na cama, estava eu mesmo, com uns 11 anos de idade. Eu olhei para mim e me perguntei: “como você está?”. Com voz embargada, o outro eu de mim mesmo respondeu: “eu tô bem, eu vou indo...”. O “garoto” insistiu: “você está mais velho, há marcas no seu rosto, e outras na sua alma. As de fora não importam tanto, as de dentro, todavia, talvez nem mesmo o tempo possa apagá-las.”. “Tenho de ir”, disse. “Vá com calma, ele falou. Vá mais leve, mais livre, vá com Deus!”.

Já faz meses que vivi esta experiência imaginária, ficcional... Ela me ajudou a entender algumas coisas; outras eu ainda estou discernindo, aos poucos, lentamente. Não consegui escrever sobre este fato antes, talvez por medo de me expor, talvez por medo do leitor, talvez por medo de mim mesmo... É que eu sei que “minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia”. Nietzsche.

Agora, com todo respeito, peço-lhe licença: vou para o meu “quarto”. Não, não é o quarto do meu apartamento, é o “quarto” que abriga a minha alma e o meu coração. Você não tem um desses? Bem, sugiro que adquira um o mais breve possível. Mas não procure nos classificados, nem se preocupe com dinheiro, este “quarto” está dentro de você, e só você pode encontrá-lo, entrar nele, e usufruir o que de melhor ele possa lhe proporcionar.


Carlos Moreira é coeditor do Genizah

http://www.genizahvirtual.com/2012/05/o-quarto.html